A natureza que me faz calar, e me faz ficar introspectiva. É
o verde que me faz querer olhar pra dentro e ouvir os sons dos pássaros e dos
meus batimentos cardíacos. São com os pés descalços na terra fria e vermelha
que sinto o desequilibro que sou, e o equilíbrio que preciso buscar.
É o concreto que me faz ansiar as coisas e falar
demasiadamente, e é a água fria de uma nascente, de uma cachoeira ou de um rio
que faz eu me sentir mais forte para correr atrás dos meus objetivos e do que
realmente sou.
São as ruas e cidades que fazem brotar dentro de mim essa
angústia. É a minha vontade de viver que me faz querer ver flores brotando por
ai. O ruído de carros e multidões que me incomoda. O som dos insetos, roedores
e bichos que me tranquiliza.
A cor cinza da metrópole que me tira do meu eu, me tira do
sério. O verde da mata, e o azul do céu que me lembram de que sou essência, e
mais uma vez me faz querer buscar por isso, por essa paz interior.
A mata me silencia, e edifica amor e gratidão dentro de mim.
A terra me renova, me purifica e me simplifica.
Definitivamente, da cidade não sou.
Da terra vim, da terra quero viver, para a terra hei de
voltar.
Gratidão à Mãe Terra.
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