E
tolamente me peguei correndo, subindo apressada os degraus das escadas rolantes
do costumeiro metrô de cada dia. Logo depois, parei e me perguntei o porque da
pressa. Cruelmente não encontrei resposta. Voltei a caminhar. Olhei ao meu
redor e vi a pressa presa na falta de agilidade de algumas pernas vencidas pela
idade.
Tão
jovem e tão calma, tão experientes e tão apressados, qual o sentido desse ritmo
acelerado que levamos? Viveremos mais se fizermos mais coisas em menos tempo?
Ou será que viveremos melhor se aproveitarmos cada momento intensa e
profundamente?
Há
questões que simplesmente não posso responder com vinte e um anos, mas hoje no
dia em que completei mais um verão tive a certeza que o meu ritmo não é esse, o
meu ritmo é levado por outra coisa, meu relógio é diferente. Agora suspiro, e
vivo, fazendo uma coisa de cada vez.
Aprendi aos vinte anos que não devo correr nas escadas rolantes – e em
nenhum lugar -, porque talvez seja um dos raros momentos que tenho para pensar
e refletir sobre mim, e não dedicarei mais esse tempo aos outros, ao emprego, à
carreira, aos estudos. Esse tempo agora é meu, e eu vou controla-lo como for
preciso para viver em paz na plenitude. Para ser completa e ser a laranja
inteira. Ser.
Sendo
assim, a felicidade me transborda, e sou toda abraços para o mundo, e o quero
enlaçado em meus pequenos braços. É assim, que sempre seja assim, e que só mude quando eu
decidir mudar. O futuro pertence a mim, e farei dele meu livro de histórias incríveis
e alucinantes.
Enjoy
your life.
Ama a
vida e segue!