terça-feira, 28 de maio de 2013

Último resquício



            E nessa terça-feira quase vazia, o dia começa seco na terra da garoa, mas não tarda e do céu caem gotas frias que estremecem nossa pele ao senti-las.
            Era como qualquer outra terça-feira de qualquer semana do calendário, mas sem querer fui capaz de perceber o quão é fácil mudar nossa feição do dia, e como é fácil sorrir mais e mais e mais.  Sinto que no meu balaio há cada vez amor, e esse amor torna-se pequenos novelos que me aquecem, que me protegem, que me abraçam e me beijam.
            É incrível como cada vez eu me sinto mais completa, e dessa vez seus braços que me enlaçam numa história fabulosa e perigosa, peço que me abrace sem medo, que encoste sua mão na minha, e corra ao meu lado pelo menos até um de nós se cansar, e quando isso acontecer deixa o momento se desenrolar naturalmente.
            Agora, minutos depois de nosso beijo ainda posso sentir seu cheio em meu pescoço, seu toque na minha cintura, seus lábios nos meus lábios, e conforme essas pistas forem passando o último resquício será o sorriso estampado no rosto de alguém que sente amor, que sente carinho e quer você presente aqui todos os tempos.
            Descobri que o sorriso é só a parte externa da felicidade, e que não preciso estar apaixonada pra sentir isso – até porque não estou – mas, esse encantamento me deixa fascinada, e poder te ter por perto é incrível, sorrir mesmo que encabulada aos seus olhos é gostoso, assim como é passar o tempo contigo.
            E, como tenho dito e repetido diversas vezes, é muito simples ser feliz, é só questão de ser. A felicidade bestializa.
            Agora já é fim de tarde, e a terra da garoa já está ensopada, mas agora além do meu guarda-chuva e das minhas meias quentes tenho você pra me cobrir e me proteger quando o inverno apertar e me machucar.
            Prometo, te protejo e me protege com a simplicidade de um sorriso e brandura de um recente amor.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ama a vida e segue!

Ando tão feliz que nem sei,
Ando tão contente que espalho isso,
Ando sorrindo aos quatro cantos,
e rindo a beça...

Ando por ai doando amor,
de tanto que me transborda...
ahh como é bom compartilhar alegrias!

Agora ando com calma, por que a pressa me sufoca. O céu me faz rir com suas risadas, partilhamos bons momentos de contemplação e paz. A solidão já não me faz mal, e pelo contrário, essa sensação de poder estar só, me completa com instantes de auto-conhecimento. 
Encontrei a felicidade em vírgulas e pontos finais, encontrei a felicidade nos trens e na caminhada. Abraçei uma felicidade que não há questionamentos, há mudança, e há muito amor, aprendi que felicidade é só questão de ser, e não de ter, é estar completo no self, mas não é ego. 
A felicidade é simples, nós que tornamos essa simplicidade díficil.
O essencial é o puro, é a materia-prima do saber viver, e viver bem. 
Desbravar a si mesmo em infinitas possibilidades, mudar quando necessário e querer e almejar sempre coisas novas e desafiadoras, conhecer os outros em você e você nos outros, te achar única e no final do percurso se identificar satisfatóriamente com alguém que vai ser teu par na caminhada, se lembrar de celebrar muito mais, e que navegar é preciso, viver não é preciso. Se sentir completo em sua morada, e emanar mais luz ao resto do mundo, ser grato à vida simplesmente por viver.
Ama a vida e segue!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

No dia de hoje

Se julga a todos, se afaste
Se não quer, não se aproxime
Se tem conceitos antecipados, se feche longe de tudo
Se não gosta disso ou daquilo, não faça
Se não gosta que falem, se cale também
Se acha perigoso, não fique
Se não quer para ti, se guarde
Se quer AMOR, AME
Só mais um conselho:
Esta noite feche os olhos e me esqueça,
pois não serei um bom exemplo!
Viva la vida!

À W. Foster