segunda-feira, 29 de abril de 2013

Confusa, mas plena.

Dia-a-dia, vou levando, vou fazendo o que posso, tudo dentro dos meus limites. 
Deus fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo. Me refiz no mesmo tempo, e no sétimo dia resolvi sentar e contemplar algumas conclusões que pairavam sobre meu eu, vagando no meu interior sem certezas, percebi o quanto a mudança se faz necessária para que possamos nos encaixar e nos fundir com nossas opiniões e ideais. E vi que em vinte e quatro horas somos capazes de nos transformar, e criar novos objetivos com novos rumos.
Do primeiro ao sétimo dia, busquei e me afundei em uma procura intensa do auto-conhecimento, pensei na Europa, nos casarões de Lisboa, pensei em escrever  uma carta ao amado, e ler mais sobre a via-lactea e mais sobre filosofia contemporânea. Quis estudar mais estatística, e conhecer novas fronteiras, quebrar muros e preconceitos que eu mesma estabeleci. Em vinte e quatro horas fui capaz de re-criar desejos e o mundo que parecia ser semelhante a tudo aquilo que me tinha proposto.
Além do conhecimento do eu, fui atrás de uma liberdade condicionada. Fui atras de um bem-estar que sempre quis, me acolhi e me aqueci sozinha, me deitei no chão pra sentir a energia da mãe terra, e busquei dessa força uma certa humildade pra poder encarar os novos desafios nesta nova fase, e coragem pra vencer todos desvios e obstáculos de percurso. 
Agradeci à experiência e quis aprender mais sobre a vida e seus mistérios. Estou calma, como água de lagoa. Confusa, mas plena. Estou cheia de mim, mas completa de indecisões. Estou la e cá. Não sei onde vou, só sei que estou no meu caminho. Vou seguinte assim, buscando inspiração na tua inspiração, e dissertando alegrias e incertezas em um pedaço de papel, molhada de choro de sentimento e poesia.
E, sem fim termino uma história que está prestes a começar.

(Baseado em trechos de Machado de Assis)
À Cadú Queiroz

Nenhum comentário:

Postar um comentário